A separação entre um casal é um processo que gera um turbilhão de emoções em toda a família. Em certos casos, a criança se torna a responsável por manter os pais juntos, o que na verdade não é o mais indicado, já que um filho não pode carregar essa responsabilidade. Isso é muito pesado para ele! São os pais que precisam se responsabilizar por permanecerem como um casal ou não.
A criança vive todo o processo da separação e precisa ser amparada pelos pais. Primeiramente, não se pode negligenciar as devidas explicações, precisamos dizer de maneira tranquila, clara e coerente o que se passa com o casal.
Não é benéfico para a criança dizer que está tudo bem, quando ela mesma percebe que algo está acontecendo. Não estaremos sendo coerentes e verdadeiros com a criança. Isso significaria subestimar a sua compreensão e o seu direito de saber sobre questões referentes à sua própria vida.
Dizer a verdade para uma criança sobre a separação é dizer que os pais enquanto um casal, ou seja, como marido e mulher, desejam viver separados, mas é claro que tendo o devido cuidado para resguardar a criança de alguns detalhes referentes aos motivos da separação. Nesse momento é importante afirmar para a criança que o casal irá se separar, mas que ela sempre terá a sua Mãe e o seu Pai cuidando dela.
Fazer essa diferenciação entre o casal e os pais traz uma segurança para a criança, pois o que ela necessita para seu desenvolvimento são os pais enquanto seus cuidadores e referenciais.
Os pais precisam estar abertos para responder as perguntas que surgirem dos filhos, mas com o cuidado de preservar a outra imagem parental, pois para a criança se constituir ela precisa manter o casal parental íntegro internamente.
Dessa forma, é muito importante que os pais, mesmo que separados, tenham um relacionamento de respeito e diálogo.
A criança ama os dois, tanto o Pai quanto a Mãe, independente dos motivos da separação, ela jamais pode estar em uma situação de escolha entre um ou outro. Isso pode ser prejudicial para o desenvolvimento emocional da criança.
Outro cuidado necessário é que os pais jamais coloquem os filhos no lugar do genitor ausente, ou seja, como aquele que irá cuidar da Mãe ou do Pai. Não podemos trocar as ordens familiares, visto que pais cuidam e filhos são cuidados, independente se um deles estiver ausente.
Em todos os casos o que mais importa é a maneira como cada pai lidará com o fim do casamento, o que pode contribuir para uma boa elaboração da separação ou um agravamento nas questões emocionais da criança.
Quando se coloca o amor pelos filhos antes de qualquer desavença entre o casal, os pais e as crianças conseguem atravessar esse processo de separação de forma saudável e equilibrada.
Aproveite para dar sua opinião e tirar dúvidas sobre Psicologia Infantil através dos comentários abaixo. Você pode também sugerir outros temas para os meus próximos artigos aqui no PdP.
[adinserter block="1"]
[adinserter block="3"]